Em uma homenagem emocionante, o Grêmio inaugurou em 2022 um busto de bronze de Lupicínio Rodrigues na esplanada da Arena. O gesto é mais do que merecido para o autor do hino do clube e um dos compositores mais relevante do Brasil.
Lupicínio Rodrigues é exemplo de torcedor apaixonado e talentoso. Sua criatividade deu vida à melodia que é entoada por jovens e adultos em dias de jogo. Originalmente intitulada “Marcha do Cinquentenário”, a criação do hino ocorreu durante as comemorações dos 50 anos do clube, em 1953.
Criação do hino do Grêmio
Convocado pelo gremista Ernesto Cros Valdez para marcar a comemoração, Lupicínio aceitou a missão prometeu entregar a música no dia seguinte. Após esboçar e cantarolar a música, convocou Ruy Silva para a partitura, Salvador Campanella para a orquestração e Silvio Luiz para o vocal. Assim, nasceu a versão orquestrada do hino que, desde então, rege a emoção dos torcedores do Grêmio.
Primeira execução e importância do Hino
A gravação do hino foi reproduzida pela primeira vez em 16 de agosto de 1953, durante uma partida entre o Grêmio e o Aimoré. A letra de Lupi, rica em paixão e fidelidade ao time, eternizou duas frases: “com o Grêmio onde o Grêmio estiver” e “até a pé nós iremos”.
A frase “com o Grêmio onde o Grêmio estiver” foi idealizada a partir de uma faixa de torcedor exibida no estádio. Já “até a pé nós iremos” rememora um episódio em que os torcedores precisaram caminhar até o estádio durante uma greve de transporte. Ambas as frases ganharam força com o tempo e se tornaram lemas reconhecidos e respeitados pelo clube e pelos torcedores.
A história de Lupicínio Rodrigues e sua contribuição para o Grêmio vai além de sua música. Ele ajudou a construir a identidade do clube, marcou uma era e projetou no hino a paixão que cada torcedor gremista carrega no peito.